domingo, 17 de outubro de 2010

Never Again

Yesterday I caught myself wondering how long it had been since I last kissed and saw him. Then, cowardice ruled between us. I spent sleepless nights crying, thinking only of the good times I'd gone through with him. I promised myself I wouldn't disturb anybody else with that issue, that I would get over him all by myself, and I really did. It took me tears, it took me self-hatred, it took me my time. But I moved on. I'd better believe so, rather than blaming on myself for something I'm pretty sure whose the fault was.
The first two weeks were filled with the tears I used to cry out of fear. I sank, got drowned, digged and went the deepest anybody has ever been, but I found strenght to emerge, to go back to when I was the expert at feeling well. And when you saw me with a true smile you couldn't bear it. You pretended you wouldn't care about it, but you deeply did. And you couldn't stand seeing me happy again, after taking my sorrow for granted.
Now I truly hate you. That was what you really taught me well. You thought I'd always be there for you, that I'd always love you, that I'd always miss you, but you were very wrong. You've got everything you need, every people you want, all the jewelry you can afford, but you don't have me. You know I still feel get sad when I'm close to you, but what gets you sadder is knowing my sadness goes away as soon as you fade away, as if by magic. And what makes me happier is knowing you'll never ever have me. Never again.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pela Última Vez

O álcool se tornara seu melhor companheiro. Amigos? Passaram a estar em segundo plano. Nada mais lhe importava. Decepções era a única palavra que definia seu passado, até um segundo atrás. Suas miragens transmitiam-lhe o falso prazer gerado a partir do que ele não queria sentir, mas em seu subconsiente, era a vida paralela que ele estava se propondo a fazer parte.

A solidão havia tomado conta do seu eu. Às 4 da manhã, sozinho em seu quarto, abraçado a uma garrafa de vodka barata, lá estava ele, deitado em seu travesseiro, chorando sem um ombro para lhe confortar. Reputação? Dignidade? Há muito ele não sabia o significado; autoconfiança? Nunca soube o que era, além da definição que os dicionários o ensinara.

Em meio à escuridão proporcionada pela cor escura das paredes de seu quarto e pela janela fechada, impedindo a circulação do ar, ele nao conseguia se desprender daquela garrafa. Suas lembranças o consumiam, na implícita vontade de abandonar todo o nada já conquistado por ele, na implícita vontade de voltar a ser aquele menino inocente cujos olhos brilhavam ao sorrir.

Àquele rapaz, nada restava. Irritado com sua impotência perante a seus irrealizáveis desejos, o silêncio se transformara em gritos, que clamavam por uma segunda chance. De repente, uma luz branca era vista, e todo o barulho gerado por seus gritos se dissipara. Ele sentia algo, ouvia algo, enxergava algo, mas não distinguia uma coisa da outra.

Quando voltou a si, pôde perceber que tudo não se passara de um pesadelo. As vozes que ele ouvia eram seus pais, chamando-o. O toque que ele sentia, era a mão de seu pai, desesperado, batendo-lhe na face, na tentativa de voltar a si mais rápido, e a luz que ele enxergava era aquela da qual seus pais o impediram de ir.

E o brilho nos seus olhos voltou a ser visto. E pela última vez, ele chegou perto de uma garrafa de bebida. Pela última vez, ele se contentou com o que tinha. Pela última vez, ele se desculpou por todos os erros. Pela última vez, ele declarou seu amor pela pessoa que nunca o deu atenção, novamente, em vão. E pela última vez ele suspirou, quando pela última vez jogou-se da cobertura de seu prédio.