segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Perceba-me

Não me veja como diferente
Não me veja como estranho
Não me veja como lunático
Não me veja como eu

Não me veja como descrente
Não me veja como desesperançoso
Não me veja como desesperado
Não me veja como você

Não me veja como vitimizado
Não me veja como doente
Não me veja como rebelde
Não me veja!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I can't be killed, though I'm already dead.

    Have you ever wished to die, but had to face the fact you just no longer could, because the main organ that keeps you alive is long gone?
    Have you ever wished to fall asleep, as deep as you can, so that you wouldn't have to wake up and go along with all you're against?
    Have you ever caught yourself saying you'd give up on loving, but somehow you feel chained to it and just can't let go of this eternal searching? Noticed no matter what happened you've always said it'd be your last attempt?
    Or have you ever thought about how stupid, how insane, how infant, idiot, silly, self-destroyer, addicting and even outdated you are, for still wanting something known as love, but you want it not to exist?
    Well, I have. Actually, that's how I've been feeling. A mix of unknown feelings and unwanted desires plus the mistakes I've often sworn to myself not to commit times the dreams I no longer believe in equals this complete mess I'v turned into.
    I've exchanged all I had for a bunch of fairytales I see no reality in. I don't want anybody else to tell me truths anymore. All I now want is to believe the lies I'll be told, pretending it's common, normal and usual not to be loved, not to be wanted, not to be happy, not to be remembered, as life has clarified the hard way to me thousands of times. Maybe it's not that weird to be left on my own and maybe I'm getting used to living like this.
    I can't get my heart hurt anymore, it's already killed. So, all I have left to sorrow is my soul, the one which will hunt me forever, even after died, that is, like it's done, because it's pointless to feel alive with no reasons, no dreams, no positivity, no love.
    There are some things I must thank you for: teaching me I shouldn't trust love, teaching me how to never feel anything good, but still miss you, teaching me to feel guilty for something I shouldn't feel - that is, not being good enough for you -, teaching me life is hard when you love who's never loved you, and the main thing: for making me want to suicide even after getting me murdered.

domingo, 17 de outubro de 2010

Never Again

Yesterday I caught myself wondering how long it had been since I last kissed and saw him. Then, cowardice ruled between us. I spent sleepless nights crying, thinking only of the good times I'd gone through with him. I promised myself I wouldn't disturb anybody else with that issue, that I would get over him all by myself, and I really did. It took me tears, it took me self-hatred, it took me my time. But I moved on. I'd better believe so, rather than blaming on myself for something I'm pretty sure whose the fault was.
The first two weeks were filled with the tears I used to cry out of fear. I sank, got drowned, digged and went the deepest anybody has ever been, but I found strenght to emerge, to go back to when I was the expert at feeling well. And when you saw me with a true smile you couldn't bear it. You pretended you wouldn't care about it, but you deeply did. And you couldn't stand seeing me happy again, after taking my sorrow for granted.
Now I truly hate you. That was what you really taught me well. You thought I'd always be there for you, that I'd always love you, that I'd always miss you, but you were very wrong. You've got everything you need, every people you want, all the jewelry you can afford, but you don't have me. You know I still feel get sad when I'm close to you, but what gets you sadder is knowing my sadness goes away as soon as you fade away, as if by magic. And what makes me happier is knowing you'll never ever have me. Never again.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pela Última Vez

O álcool se tornara seu melhor companheiro. Amigos? Passaram a estar em segundo plano. Nada mais lhe importava. Decepções era a única palavra que definia seu passado, até um segundo atrás. Suas miragens transmitiam-lhe o falso prazer gerado a partir do que ele não queria sentir, mas em seu subconsiente, era a vida paralela que ele estava se propondo a fazer parte.

A solidão havia tomado conta do seu eu. Às 4 da manhã, sozinho em seu quarto, abraçado a uma garrafa de vodka barata, lá estava ele, deitado em seu travesseiro, chorando sem um ombro para lhe confortar. Reputação? Dignidade? Há muito ele não sabia o significado; autoconfiança? Nunca soube o que era, além da definição que os dicionários o ensinara.

Em meio à escuridão proporcionada pela cor escura das paredes de seu quarto e pela janela fechada, impedindo a circulação do ar, ele nao conseguia se desprender daquela garrafa. Suas lembranças o consumiam, na implícita vontade de abandonar todo o nada já conquistado por ele, na implícita vontade de voltar a ser aquele menino inocente cujos olhos brilhavam ao sorrir.

Àquele rapaz, nada restava. Irritado com sua impotência perante a seus irrealizáveis desejos, o silêncio se transformara em gritos, que clamavam por uma segunda chance. De repente, uma luz branca era vista, e todo o barulho gerado por seus gritos se dissipara. Ele sentia algo, ouvia algo, enxergava algo, mas não distinguia uma coisa da outra.

Quando voltou a si, pôde perceber que tudo não se passara de um pesadelo. As vozes que ele ouvia eram seus pais, chamando-o. O toque que ele sentia, era a mão de seu pai, desesperado, batendo-lhe na face, na tentativa de voltar a si mais rápido, e a luz que ele enxergava era aquela da qual seus pais o impediram de ir.

E o brilho nos seus olhos voltou a ser visto. E pela última vez, ele chegou perto de uma garrafa de bebida. Pela última vez, ele se contentou com o que tinha. Pela última vez, ele se desculpou por todos os erros. Pela última vez, ele declarou seu amor pela pessoa que nunca o deu atenção, novamente, em vão. E pela última vez ele suspirou, quando pela última vez jogou-se da cobertura de seu prédio.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O tempo passa


    Não é o medo seu principal inimigo. É a implícita vontade do desnecessário sofrimento pelo qual você se permite passar. Tentativas? De que? De demonstrar que independente do que aconteça, o que prevalecerá quando sua sombra desaparecer será a criança insegura que sempre foi a sua caricatura?
    Eu consigo enxergar que tudo que tem sido feito é por puro medo de solidão, afinal, do que você gosta é da atenção. Ninguém disse o que aconteceria no final, ninguém avisou sobre as perdas. Já se passou um pouco do ponto de aceitação e dicernimento do que são expectativas e do que são ilusões. Verdade? Essa palavra saiu do nosso dicionário, ficou perdida junto com a confiança. É como se eu visse você diante de mim, à maior distância possível.
    Todos os sons parecem dizer, por meio de ecos, que talvez um dia eu realmente tenha gostado de você. Mas por quê? Você não era suficientemente bom para mim. Eu nunca precisei de uma criança ao meu lado, mas de alguém que pudesse raciocinar, sentir, viver intensamente. Isso você não pôde me dar. Prazer? Vindo de você, não passava de meros momentos proporcionados pelo tesão. É disso que você se gaba de ter me dado?
    Você quer somar, e eu quero multiplicar. Minhas intenções não precisam mais ser demonstradas; quando foi seu tempo, eu me preocupava em assegurar-lhe delas. Mas não mais. Fomos a consequência do nosso erro, enquanto você foi a causa.
    Pode parecer que me arrependo do que tivemos, mas não. Simplesmente me envergonho por não ter reconhecido o erro de cara, por ter sido teimoso tentando me enganar, que eu conseguiria aceitar tamanho fardo, escondendo as evidências, e por ter mantido a esperança quando tudo que sobrava eram lembranças de sonhos que nunca vivemos, apenas planejamos.
    É perceptível a mudança em sua personalidade, mas essa mudança demorou demais para acontecer. E diante desta demora, eu posso afirmar absolutamente que não foi uma ou duas vezes que eu tentei uma reconciliação. Você primeiro brincou comigo, mas agora, a rodada é minha, e não pretendo parar enquanto venço.
    O doce prazer ficou amargo. A doce droga lhe viciou, e, como todas as outras, não se importa se você depende dela, apenas quer que você se utilize dela mais e mais, até a overdose lhe derrubar. E o amor, ah, o amor... Será que ele existiu?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

The real last time



    Today you're looking at the stars, wondering when you'll shine like them. You wonder why you can't heal all these scars in your heart. You say you've tried all the drugs, from the bitterest to the sweetest ones. Yet, it takes no more than two minutes for them to wear off. How come your fears be so known by everyone but you?
    Forgiveness means nothing when you already know someone close to you is mistaking and you've accepeted that, without moving a finger. You got so used to going to sleep with no goodbye kisses, with no good night hugs, that you marvel when someone does that to you. And what's left, caught in the ashes of a shadow you've always fought not to become like, but represents your DNA?
    There's no shed tears in your crying. You know this is our real last time, you know I've showed you all the answers and that I'm up to show you the ways out, but you know that deep within I wish you'd come back for another last time.
    It's pointless to try to keep the flames burning out there, when it's raining. You've fallen in love, but you don't know what loving is. You could say your feelings are so intense that are overflowing. But do you know what you're feeling? It's not about keeping relationships, but keeping yourself from becoming the easiest whore you've become.
    Yes, love has lied on your heart like a curse, and everyone you try to love ends up being cursed. It doesn't depend on how deep your bruises are or how wise you think you are, but on how foolishly you'll keep burying yourself. You can either fall for everyone who says that loves you, or get your mind made up and finally grow up, accepting what you'll have will be the best ever, no matter who he or she is. The choice of the drama is up to you.
    Today you're looking at the stars. But today is a cloudy day, and all you've got left are wishes and memories of a life you'll never live, due to the fear of growing up that a child like you feels.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Palavras


Ao mesmo tempo em que elas podem não significar nada, elas podem fazer subitamente o chão sumir de meus pés.

Simples palavras, formadoras de pequenas frases, magoam mais que o pior dos knock-outs, mas também podem trazer o ápice da felicidade a uma pessoa. Então, como algo tão simples pode ser tão contraditório?

Sem poder escapar da realidade, só preciso olhar para o céu, me concentrar na sonoridade causada pelos conjuntos de sílabas, sem procurar uma razão para compreender o significado de um simples ‘eu te amo’, porque quando dito pelo coração, as cordas vocais tratam de fazê-las soarem a mais linda das melodias.

Quando são palavras bonitas, aprecio a companhia de um gesto e/ou sentimento correspondente, mas quando têm o intuito de magoar, elas por si só se encarregam de assombrar psicologicamente e fisicamente qualquer um, inclusive eu.

Todavia, prefiro me concentrar não nas bonitas, mas nas verdadeiras. Prefiro que sejam seguras, e que não ditas ao mundo, mas sussurradas suavemente em meu ouvido. Que caminhem lado a lado com todo e qualquer sentimento e gesto correspondente.


sábado, 3 de julho de 2010

The needful part

    I’ve come to my senses that, no matter what we do, people will see it, but will look only for what they want to, so, it’s needless to prove them who you really are, what you can do, how far you can go.

    Still, I wonder what the matter with playing the roles people want us so is, once when telling them exactly what they wanna hear and showing them exactly what they wanna see is just an excuse to wear the mask they also do. It’s pointless to recriminate who is making the same sins as you, isn’t it? That’s why I love that sentence, “takes one to know one”.

    When wandering around, like misguided ghosts gadding headed to nowhere, we can prove ourselves it’s not about knowing right from wrong: it’s about being on both sides of the fence, wearing the mask you’ll be made sure to and being happy, when no one else can see what they’ve always looked at.

    I keep lying to myself, saying I can’t get enough of pretending and faking, but, to be real, I have no idea of what makes me sadder, whether pretending to be happy whereas lying only to myself or not being able to let go of this fakeness.

    And I keep smiling at people as much as I get aware of where I’m getting into, sure about what’s making me happier, which is acknowledging that the deeper I get, the deeper I wanna dig, the more buried I wanna be, and the crazier I get. And that’s the needful part.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Killed, dead, murdered... Still, alive.

Resolvi afogar algumas frustrações aqui no blog... Ignorem, provavelmente eu apague esse post daqui a alguns dias... E lá se vão mais palavras:

I just can't get enough of trying to give in
Each waiver means a new beginning
And, soever I keep blinding myself by the truth hidden in each lie
I deep within know that nothing is what you're full of

Am I the only one to misbelieve love?
No matter how happy I got when knowing hope wasn't dead
I knew it would mean nothing
Because I'd been long killed

Killed by the fear I felt about facing it
Killed by the loneliness that adopted me
Killed by the redention I still believed in
Killed by the poison I myself drank

I just can't get enough of writing about this
And then, I wonder: is it really you who I'm aching for?
What'd I rather: living like I've been or keep on trying?
I deep within know that none of the choices would end up good

I forgive you for letting me down
I forgive you for pretending, and for lying too
Whatsoever your sorries mean, can't mean how sorry I am for myself
Because after all, I wouldn't forgive myself for forgiving ya.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

É isso aí...

Profundamente perdido nesse torpor onde me encontro, consigo ver o fantasma existente no meu vazio. Minha depressão é refletida em cada canto opaco aonde eu olho. Meus medos são meus melhores amigos, e os sonhos e esperanças, os piores inimigos. Eu já não sei o que é amar; eu já não sei o que é odiar.

É tão automático como falamos que amamos uns aos outros, como inventamos mentiras - das mais banais às mais impactantes -, como fazemos as coisas parecerem repentinas quando deveriam ser duradouras.

Aleatoriamente selecionamos o que e quem nos convêm, e disso nos aproveitamos. Como se fossemos personagens, damos valor a um roteiro imposto por ninguém, mas seguido por quase todos. Temos muito “faça!” e pouco “estou fazendo!”. Carecemos de sentimentos, o que há algum tempo já tem sido trocado por abstinência ou tem sido comprado por um valor tão baixo que chega a envergonhar.

É isso que somos? É a isso que viemos? Se for realmente esse o propósito da nossa existência - rebaixar-nos, a cada mísera oportunidade -, por favor, me acordem quando a sociedade estiver extinta.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Trials

We came to an agreement in good health that, if no one would take care of us, we'd be fine by ourselves. It was time to fight abuse of those who don't deserve our spit. Why is it that we crave the praise from the people who least deserve it?

Thinking of it is painful. It's better to accept it all. Thinking of all the mothers and the daughters and the fathers and the sons who are waiting for a call that says "I didn't mean it, I love you for who you are". Whether you made it in this sick industry or not, you'll always be our special star.

I'll play Superman, I'll make you feel safe, so, why are you disappointed? Everything that I did for you means nothing, cuz you've turned out to be wicked. I'm a criminal, you're the victim; I am a cat and you are the mouse; I am the milkmaid that killed all the cows.


Original: Bad Kidz - Marina & The Diamonds

domingo, 28 de março de 2010

Entre Minhas Mãos

Nada para dizer
Nada para fazer
Durante dias inteiros eu perco meu tempo
O que estou esperando?
Pelo melhor, pelo pior?
Decidi partir, mudar de ares, me satisfazer
Eu, que sempre sonhei de olhos abertos
Resolvi traçar minhas fronteiras

Entre minhas mãos está o futuro
Estão todos os tesouros
Estão todos os segredos de meu destino
Entre minhas mãos estão os traços de meu caminho
O melhor me espera
Porque agora, minha vida está em minhas mãos



Original: Entre Mes Mains - Marie Mai

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mentiras

Será que de tanto mentirmos para esconder nossa verdade
Acabamos transformando-a numa mentira
Quando resolvemos divulgá-la
Ou será que nossa verdade sempre foi uma mentira
Na qual nem nós acreditamos?



quarta-feira, 24 de março de 2010

O Último Silêncio

Solitariamente caminhava aquele garotinho à margem de um rio, com um olhar de decepção, e, à passos lentos, ziguezagueava. Ao me deparar com aquela cena, fiquei observando de um ângulo que não pudesse ser visto por aquele menino, curioso por ver o que ele faria. Em silêncio, fiquei por uns cinco minutos olhando o garoto ir e vir, sempre pela beira da margem do rio, como se pensasse na vida. Fiquei imaginando o que motivara - ou desmotivara - aquele menino a estar ali, à tarde, sob sol forte, vagando tristemente perto daquele rio.
De repente, fui surpreendido por um senhor, bem idoso mesmo, que não sei dizer de onde surgiu. Como se tivesse lido meus pensamentos, o velhinho prontamente disse: "Olá, meu jovem. Eu sei que você não me conhece, mas eu lhe conheço melhor que você mesmo. Não tenha medo de mim, não pretendo lhe machucar nem assustar."
Fiquei confuso, e não me permiti decodificar as palavras ditas a seguir, pelo velhinho. Voltei a mim quando o idoso tocou meu braço, ainda falando, e então, voltei a entender suas palavras: "[...] e você deve estar se perguntando: quem é aquele menino ali? Por quê ele está vagando à beira desse rio tão calmo, indo e vindo?"

Pude perceber um sorriso malicioso e ao mesmo tempo falso no rosto daquele idoso, que já não me assustava mais, pois de certa forma me transmitia calma e paz. Respondi que realmente era no que eu estava pensando, e antes que eu me atrevesse a perguntar de onde aquele senhor surgira, ele tomou a palavra: "aquele era você, com seus 15 anos, ao ter sua primeira decepção amorosa, lembra?"
Aquela cena, de repente, como num filme, começou a se acelerar. Várias imagens me vieram a cabeça relacionadas àquela época da minha vida, a qual eu me esquecera que um dia vivi. Lembrei-me daquele dia no qual desisti de vez de amar alguém, por ter visto a pessoa que eu amava partindo, e ter ficado impotente, diante daquela situação, no dia que enfim tomei coragem para expressar o que eu sentia, o dia que era tarde demais.
Petrifiquei-me, e, gélido, pude perceber então que aquilo tudo não era real, e não passava de mim lembrando de fatos da minha vida, em meu leito de morte, solitário, por ter tido medo de chorar por amor e lutar pelo amor da pessoa que eu sempre amei, mas nunca soube disso. Então, antes de desaparecer, aquele idoso me disse que a unica pessoa que mereceria minhas lágrimas era aquela que jamais me faria chorar. Adormeci, profundamente, no último dos meus cochilos, sonhando com um infinito inalcançável, que, àquela altura, já estava mais próximo. E no silêncio gerado ao meu redor ecoava canções de ninar, que seriam as últimas que eu ouviria.

Atordoado

Você tira a minha vida
Mas ainda fico aqui, de alguma forma
Estou despedaçado no chão
Não consigo mais escutar meu coração
Tudo se dissolve
Tudo se transforma em pó

Sua frieza me devora

Não quero mais pensar em ti
Simplesmente te apaguei
Você me destruiu
Mas eu reergui as peças novamente
Sua estrela vai embora
A maré vem
E apaga todas as chamas




Original: Ich Kann Nichts Mehr Spüren - Fräulein Wunder

terça-feira, 23 de março de 2010

L'amour


Hoje resolvi escrever um pouco sobre amor, sobre amar. Poucos são os que conhecem esse meu lado, mas admito que não dou a oportunidade de muitas pessoas o conhecerem. Apenas quem demonstro amor ou quem lê algumas de minhas composições sabem quão romântico eu sou.
Então, como falar sobre amor? C
omo eu sempre costumo dizer, é muito fácil definirmos a palavra amor, mas não existe ainda, e acho que jamais existirá quem possa definir tal sentimento. Mesmo as pessoas que, assim como eu, já tiveram a oportunidade de viver um romance intenso, puro e verdadeiro - seja esse amor um amor de pais para filhos, de avós para netos, entre namorados, entre irmãos etc - não são capazes de descrever quão maravilhoso é amar, e ser amado. Somente os eternos apaixonados sabem o que é morrer por alguém, o que é se dedicar por outra pessoa, o que é amar e ser amado, verdadeiramente, por isso, não vou ficar aqui enchendo linguiça tentando explicar o que é.
O amor ocorre quando menos esperamos, não importando idade, religião, orientação sexual, classe social, ou o que quer que seja. Quando o sentimento preenche de alguma forma a alma e o corpo, não dura somente por alguns minutos, dias ou meses, mas por muitos anos, em especial eternamente, enquanto dura, e mais nas lembranças e memórias.
Mas deixando o momento "fairytale love" de lado, não sejamos hipócritas de dizer que todo amor dura para sempre ou de que dizer que há reciprocidade no ato de amar. Então, vem aquela questão: "Por que você me ama?"; a melhor resposta para essa pergunta, e que resume o sentimento à palavras, como em poucas vezes é permitido ser retratado, seria "porque você me permitiu". É a única lógica de amar: só se ama quando há permissividade para isso. Isso é comumente confundido graças à banalização do termo "amar" e seus derivados. Quem nunca ouviu um conhecido, um amigo, ou até mesmo já falou "eu te amo" sem amar a outra pessoa? E, em contrapartida, o ouvinte ignora o real sentido de 'amar', comparando-a a um simples 'gostar', ou só 'ter consideração'?
Há amores e amores, mas, independente do "tipo" de amor que haja, o importante é senti-lo, contemplá-lo, aproveitá-lo, o máximo possível, vivendo o presente momento, fazendo loucuras, e, o principal: cuidando pra que esse amor não acabe logo, porque, por mais que preocupemos com ele, não podemos fazê-lo durar para sempre, então, façamo-no durar o máximo possível. E, outra coisa: jamais tentando entendê-lo ou defini-lo.
Portanto, se você tem um amor, não importa o que esteja no caminho de sua felicidade, encare e enfrente tudo e todos, independente de quaisquer detalhes bobos e fúteis. Essa luta vale a pena, porque por mais que demore para dois corações apaixonados se transformarem em um, se o amor for verdadeiro, eles serão um, e ninguém será forte o suficiente para destrui-lo. Ninguém, exceto as pessoas a quem esse um coração apaixonado formado pertence, e, se isso acontecer, é porque uma das partes não soube lutar por seu amor o suficiente, ou porque o amor não era verdadeiro.